______________________Índice______________________
➤ Capitulo I - Protocolo Medusa
➤ Capitulo II - Decisão

➤ Capitulo Especial - Vou com Você

➤ Capitulo III - Aliados Importantes
➤ Capitulo IV - Resultado Inesperado

As instalações de pesquisa e desenvolvimento da Equipe Imperium sempre eram monótonas, mas, naquele dia, Colress tinha levantado da cama sentindo que algo extraordinário ia acontecer. Fez o de sempre: tomou um banho escaldante, arrumou os cabelos em seu penteado característico e futurista, observou o broche dourado com uma moeda pertencente a um antigo interesse amoroso e encontrou com a sua equipe.

As pesquisas encomendadas pelo alto escalão estavam indo muito bem. Não tinha como não ir, afinal ele era o melhor dos cientistas e isso era unanimidade, a melhor coisa que o seu antigo chefe poderia ter deixado como legado. Ghetsis podia ser um ser abominável e egoísta, mas ele soube escolher muito bem os seus aliados entre os melhores da antiga Unova. Trocar o obsoleto manto Plasma pelo ousado Imperium foi um presente.

Antes mesmo de tomar o seu café da manhã, ao analisar o estado das amostras com Faba na sala principal, ele ouviu uma bagunça no exterior do laboratório. Aquele lugar era quase sempre silencioso, então qualquer barulho diferente era perceptível.

— Não recebemos visitas presenciais quase nunca. Quem será que deve ser? — Indagou o velho, brincando com a sua barbicha loira, curioso.

— Seja lá quem for, eu não estou receoso. O protocolo Medusa é um sucesso.

— Oh...! É verdade. Irão gostar muito dessa novidade.

Quando a dupla percebeu, a visita havia chegado em sua sala: Dracma, uma das administradoras da Equipe Imperium, tinha sido designada para averiguar os resultados do protocolo pessoalmente. Acompanhada por dez capangas e dois guarda-costas, ela esperava que Colress, Faba e a equipe de cientistas se juntasse para começar a conversa. Enquanto isso, ela comentava com aquela turma de sombras.

— Ah, calma, gente. Eu sei que insistem pela minha proteção, mas não precisam me acompanhar como uma formação de exército aqui dentro. Por favor, afastem-se um pouco. Preciso de um pouco de ar. — Pediu, arrumando a cabeleira esverdeada na frente do rosto.

— Colress, Faba! Quanto tempo... — Escapou um sorriso envergonhado. Ela continha, na verdade, uma admiração pelo trabalho de ambos os cientistas. Se não fosse a presença de ambos e a sua valiosa contribuição, o progresso da Equipe Imperium poderia estar bem atrasado. — Quero saber dos relatórios sobre o Protocolo. Se não se importa, irei gravar a nossa conversa para mostrar aos outros pela Extranet.

Colress tomou a frente, afinal era menos afobado e ansioso que Faba e poderia explicá-la melhor. — O experimento combinando o DNA de Gardevoir e o Berserk Gene tiveram um ótimo desempenho. Eu consegui estabilizá-los utilizando uma droga comum entre os treinadores, o Zinc, para fortalecer o Pokémon durante o processo. Pode me seguir? Gostaria que visse algo. A equipe está dispensada.

— Por favor, me aguardem aqui. — Disse ela, de forma polida, em tom de ordem.

Dracma, Colress e Faba caminharam juntos por uma escadaria de vidro até o subsolo, numa área que lembrava a tecnologia da Aether Foundation. Em sua sala principal, existiam vários tubos quebrados e um cheiro forte de formol subia. Dez deles restavam, com formas diferentes da linha evolutiva de Ralts, imersos num líquido esverdeado e em estado dormente. Colress comentou. — Por favor, mantenha-se preparada para qualquer contratempo. Esse é o resultado dos nossos experimentos. Nesses tubos, está o futuro da Equipe Imperium.

— Mas elas me parecem tão serenas... Me parece um trabalho impecável. — Comentou Dracma. Os cientistas entreolharam-se um tanto sem-graça, mas não o suficiente para a moça perceber.

— É que esse é um lugar onde testamos outros Pokémon também, então não sabemos o que pode acontecer. Nós andamos preparados por aqui também. A exposição do DNA de Ralts ao Berserk Gene retornou essa variação da espécie à existência depois de eras. Nós estendemos as pesquisas para outras espécies e descobrimos que as interações com o gene são diferentes de uma para outra. Porém, uma coisa é comum: são máquinas de combate, prontas para seguirem ordens.

— Ótimo. Então, já podemos dar início ao nosso movimento? — Os olhos de Dracma brilharam, mas ela mantinha a compostura. — Oh, todos adorarão essa notícia. Comunicarei assim que sair daqui.

— 95% de certeza que sim. O número de Pokémon é limitado agora, mas conseguimos chegar à fórmula perfeita e replicá-las de forma estável. — Colress comemorava, sorridente e confirmando os seus dados utilizando um tablet holográfico.

Eles conduziram a moça de cabeleira esverdeada pelos corredores da instalação de pesquisa e desenvolvimento até o heliporto, enquanto faziam as últimas considerações em conjunto. Faba, por outro lado, não tirava os olhos da porta nos fundos. Trancada a sete chaves e com um filme preto por cima da janela, ele temia o que estava lá.

— Vocês serão muito bem recompensados por isso. Bom trabalho. — Dracma despediu-se de ambos, subindo com a sua equipe no avião de carga da organização e informando os seus superiores do ocorrido. Era hora de agir.

Horas depois, Dracma aterrissava na localização que lhe fora enviada, onde seria o ponto de encontro para a próxima reunião. A organização havia adquirido alguns estabelecimentos em lugares estratégicos por toda Pokégea, utilizadas não só como base de operações para os seus administradores, mas também como lugares onde poderiam relaxar ou tirar um tempo para descansar sua imagem quando esta era maculada por alguma situação malsucedida.

Chegando lá, o mordomo se encarregou de separar suas coisas e levá-las ao seu quarto. Em cima da hora, a moça apenas caminhou rápido até a sala de jantar e sequer conseguiu falar com o homem direito.

Eram poucas as pessoas de confiança designadas como administradoras daquela organização. Grandes nomes que participaram de outras ofensivas tinham o seu poder e os seus feitos levados em consideração, mas o alto escalão também estava de olho nos cadetes promissores dessa nova etapa em Pokégea. Infelizmente, o grupo inicial ainda permanecia o mesmo, com pouquíssimas mudanças desde a sua fundação.

A sala de reuniões refletia isso, tendo apenas Dracma, Malva, Lt. Surge e Sabrina na sala além de Ariana, a executiva e mediadora da reunião. Uma pessoa também participava à distância.

— Está atrasada, Dracma. — Salientou uma companheira de cargo. Ela enrolava as suas madeixas rosadas debruçando-se sobre um dos punhos, enquanto seu fiel Houndoom permanecia de guarda à sua direita. A moça recebia um sorriso amigável de Dracma, que logo respondia:

— Ora, você sabe que isso só acontece quando tenho um bom motivo. Aliás, bom dia, Malva. Sempre afiada.

Elas sorriam juntas, com cumplicidade. Logo Ariana, a mediadora da reunião, quebrava o silêncio e retomava o tom de seriedade. — Boas notícias?... Então o projeto do Colress teve algum progresso?

— Não só teve, mas poderá ser posto em prática imediatamente. — A administradora sacava o seu gravador, revelando toda a conversa para a ruiva, que esboçava surpresa.

— Como esperado dele, sempre me surpreendo com a rapidez que o seu time trabalha. Então, por favor, há algum impedimento no orçamento que nos atrapalhe, Dracma?

— Nossos investimentos estão em sua melhor época. É só dizerem quando que eu repasso as ordens.

— Ah... Não será necessário! Eu faço questão de avisá-lo. — Ela pegava o telefone, diante de todos, ligando diretamente para o rapaz e tornava para contemplar o mar azul por um enorme janelão de vidro. Ela sorria no canto da boca. — Colress, está autorizado a entrar em ação. Mande os seus primeiros lacaios, vamos ver até onde a polícia conterá esse primeiro avanço. Mande os seus cientistas largarem os primeiros nas metrópoles e depois nas rotas, imediatamente.

A pequena caverna realmente estava me causando uma má sensação, não sabia muito bem aonde aquilo levaria, contudo, tinha certeza que aquilo não se tratava da entrada do Mt. Moon, era algo mais... misterioso. Considerando que a rota já havia sido explorada por muitos outros treinadores, a falta de qualquer marcação ou caminho me deixava intrigada, assim como essas pedras estranhas, algumas semelhantes a mãos, pés e patas, como se alguém estivesse tentando fazer uma escultura, mas cabava sempre desistindo, quebrando a mesma no chão em mil pedaços que se espalhavam pelo solo.

Convocando minha fiel e maior companheira, Hope, a Grotle, ordenava a mesma — Will o Wisp. — Evocando seus poderes Shadow, a pokemon de grama enchia sua mandibula com uma energia de fogo misturada a escuridão, criando diversos espíritos de fogo que começam a nos rodear, permitindo que enxergássemos mesmo dentro daquela caverna escura — Vamos lá. Clodvibe, mantenha a entrada segura para nós. — Finalizava conforme lançava mais um pokemon em campo, Clodsire, deixando o pequeno cabeça de vento encarregado de que ninguém passasse e pudesse nós pegar de surpresa vindo por trás.

Ultimamente estavam havendo alguns desaparecimentos por toda Pokegea, ou melhor, "petrificamentos", algo que a policia tem tentado deixar coberto para que não causasse panico enquanto tentamos descobrir o que estava havendo, contudo, se a informação começou a chegar até mesmo para uma aspirante como eu, não tenho como dizer que logo logo essa historia se espalhará pela região inteira, contudo, na minha concepção é o melhor a ser feito, quanto mais pessoas souberem que certas áreas são perigosas, menos pessoas desaparecidas teremos. Uma coisa é certa, essas estatuas quebradas me parecem ter algo relacionado a isso.

Pisando um pouco mais forte, sentia algo debaixo do meu sapato, assim que olhava para baixo, via o que parecia ser os pés de um Rufflet petrificado, um dos pokemons locais da rota. Minha feição ficava um pouco mais séria, vendo que provavelmente encontraria problemas a frente, contudo, aquilo somente aumentava ainda mais minha determinação, visto que era minha chance de encontrar informações sobre o que estava acontecendo e auxiliar todo o esquadrão policial.

Continuando a empreitada, indo mais a fundo dentro da caverna, uma pequena silhueta de um pokemon surgia, sendo brevemente iluminado pelos espíritos de fogo do Will o Wisp, a pequena tinha uma forma semelhante ao que já havia visto antes, porém, com uma pele mais esverdeada e até escamosa, enquanto seu chifre roxo parecia emitir uma leve luz roxa. Percebendo minha presença, o pokemon se aproximava com agressividade, levantando as mãos e emitindo um barulho — Hiissss!! — Conforme a luz roxa se intensificava, parecendo tentar fazer algo comigo, todavia, sem qualquer sucesso.

Apesar dele parecer agressivo, somente via aquele pequeno corpinho e tentativa de intimidação como um vislumbre de fofura, me fazendo soltar uma leve risada, não de deboche, mas de adoro pela ação da criatura. O pokemon não entendi muito bem, mas parecia ficar envergonhado, percebendo que ainda era muito fraco para transformar outros em pedra como suas evoluções, escondendo sua face com a franja como forma de derrota pessoal. Me abaixando para ficar em uma altura mais acessível, falava ao pokemon com uma voz calma e asseguradora — Você me lembra alguém muito importante para mim, sabia? Por que estã tão sozinho aqui nessa caverna? — Indagava ao ser misterioso.

Quando o pokemon se virava, eu puxava meu Rotomphone, abrindo minha Pokedex e mostrando a entrada e Maimeyd, meu Alpha Ralts, dando um breve foco a foto do pokemon que se parecia aquele que estava em minha frente. O "Ralts'' cavernoso se espantava em ver outro de sua especie tão diferente dentro daquele aparelho, se aproximando mais um pouco e tocando na tela por curiosidade — Ele é muito lindo não é? Ele é meu amigo, um dos mais importantes. — Abria um grande sorriso enquanto deixava a foto ainda presente, visto que o Ralts continuava a observar, antes de por curiosidade, olhar em minha direção em um misto de sentimentos.

Você parece estar tão sozinho aqui nessa caverna escura e sem nada... Talvez você devesse vir comigo, assim como ele veio no passado! — Emitia ainda mais positividade, os olhos de Ralts brilhavam um pouco ouvindo as palavras, contudo, ela claramente ainda parecia apreensiva, como se algo estivesse a prendendo ainda de tomar aquela decisão. Lembrando de algo, colocava a mão lentamente dentro de minha mangá, usando um leve tato de magia para pegar uma Oran Berry de meu inventário naquele gesto, erguendo a mesma em direção de Ralts, que aceitava com certo bom grado, apesar de hesitação, dando um pequena mordida e sentindo o gosto adocicado da fruta.

Maimeyd... Quer dizer, Ralts, o meu no caso, também adora essas frutas. — Falava isso conforme lembrava do pokemon e que fazia um tempo que não viajavamos juntos, me dando uma boa saudades de meu companheiro de viagem. O pokemon terminava de comer a Oran Berry, tomando seu tempo enquanto eu esperava pacientemente que ele o fizesse, logo depois, olhando em direção do meu rosto, com seus olhar mais vivido penetrando suas franjas e chegando aos meus olhos — Decidiu? — Indagava mais uma vez. Ralts olhava para trás, observando a caverna vazia, antes de voltar para minha direção, abrindo um singelo sorriso antes de saltar para trás.

Batendo seu pequeno pé contra o chão, o pokemon produzia um pequeno veneno, lançando a minha frente, contudo, sem intensão de me acertar, sorrindo mais durante o processo. Já havia visto aquele comportamento algumas vezes de pokemons com quem fiz amizade, então sabia exatamente o que aquele Ralts diferente estava propondo — Tenho que provar meu valor antes de te capturar, correto? Hehe~ Muito fofo! — Falava animada, enquanto Ralts parecia feliz de seu recado ter sido entendido. Grotle dava um passo a frente, se preparando para a batalha.

Ralts soltava um grunhido que ecoava por toda a caverna, como se estivesse tentando algo. Alguns segundos depois, um pequeno pokemon aranha surgia do teto, saltando para o campo de batalha como um reforço do pokemon, iniciando uma batalha dois contra um. Sem muitas dificuldades por conta da grande diferença de experiência, Grotle saia como vitoriosa sem sofrer muitos danos, deixando ambos os pokemons a um golpe de serem desmaiados, onde Ralts, soltando mais um grunhido, parecia pedir para que a batalha parasse.

Cordialmente se curvando e sorrindo, a pokemon parecia estar pronta para seguir em frente com a captura, enquanto Spinarak, seu amigo, vendo que Ralts estava disposta a seguir com a policial, o pokemon abria um largo sorriso, saltitando um pouco em comemoração — Então você nem queria lutar é? Só veio por que Ralts te chamou? Haha! — Gargalhava um pouco, enquanto pegava duas Premier Balls, me aproximando com calma e tocando na testa de ambos os pokemons, concretizando a captura sem maiores problemas, infelizmente tendo que enviar ambos diretamente para a BOX, visto que estava no meio de uma Rota hostil.

Isso foi divertido, masss, ainda é importante que terminemos de buscar respostas aqui Hope. — Falava, sendo respondida com um grunhido da tartaruga, concordando com meu argumento levantado. Terminando de explorar a pequena caverna, não achava mais nada que fosse útil ou pudesse me auxiliar com o mistério, entretanto, sabia que aquele Ralts estranho poderia me dar grandes informações para que pudéssemos sanar as investigações e parar com os desaparecimentos.

Antes da reunião acabar, Sabrina quebrava o silêncio e pedia ao Surge que chamasse os agentes de elite acompanhados por quatro moças em seus devidos uniformes. Apesar disso, elas permaneciam com as suas roupas de cientistas da Equipe Flare. — Temos presentes para vocês. Surge e eu trouxemos reforços.

— Quem são essas? — Indagou Ariana, desconfiada.

— Essas são Ariana, Bryony, Celosia e Mable, todas eram cientistas renomadas da Equipe Flare na antiga região de Kalos. São detentoras de conhecimento vasto a respeito das formas de batalha, principalmente das mega evoluções. Eu achei que estavam perdidas entre as dimensões com Xerosic... — Malva interrompeu, arregalando os olhos de todos, principalmente o das moças que reconheciam aquela voz. Sabrina fuzilava a moça com o olhar, mas não tinha o que fazer. A antiga treinadora de elite sabia muito mais sobre elas do que o que haviam lhe contado.

— Diga-me mais, estou curiosa.

Malva calou-se e Mable tomou a frente, apesar de desconcertada pela revelação. Ela queria responder a altura, mas também não queria perder aquela oportunidade e só engoliu a sua raiva. Ela se centrava, então, pois sabia que era boa no que fazia, assim como as suas companheiras cientistas. Dessa forma, elas parariam de contar com o valor minúsculo que era pago pelas suas pesquisas e teriam acesso a informações relevantes e a um time que pudesse fazer o trabalho externo por elas.

— Obrigada pela introdução, Malva. Trabalhamos juntas sob o comando direto de Lysandre. Ele nos ensinou muito, mas conseguimos expandir ainda mais o nosso conhecimento após o Cataclisma. Não apenas somos especialistas em Megas, mas conseguimos desenvolver algumas coisinhas que eu acredito que você gostaria de conhecer. Pode me emprestar um computador?

Apesar de um certo pé atrás com aquele quarteto, Ariana mandava fornecerem um outro computador qualquer. Mable conectava seu pen-drive e abria uma apresentação em slides secreta que mostrava particularmente à moça informações reveladoras a respeito não só das mega evoluções, mas também sobre os Z-Moves, Dynamax e também uma nova que ainda não tinha ocorrido: as formas Terastal. A executiva havia se convencido do valor que podiam trazer para a organização.

— Acredito que vocês serão uma ótima adição ao nosso time de cientistas mais valiosos. Há coisas aqui que jamais passaram pela minha cabeça... Sabrina, Surge. Levem-nas imediatamente para o laboratório do Colress, ele gostará desses reforços. Essa reunião foi um sucesso, estão dispensados.

Quando todos saíram, Ariana dirigia-se ao participante remoto. — Finalmente está se tornando realidade... Tomaremos Pokégea à força!

Durante três meses, as ex-cientistas da Team Flare tinham adicionado a sua experiência com a de Faba, sob comando de Colress, e os conduziram para um lugar totalmente diferente do que tinham pensado. Haviam adquirido todo o aparato necessário para a próxima fase com contatos da Team Imperium, agora restando apenas a sua minuciosa execução.

Utilizando as energias delicadíssimas de um cristal Tera, eles conseguiram criar um catalisador que evoluiu o Berserk Gene e reproduziu um fenômeno parecido com o que acontecia na natureza de Paldea. E pior: tornou-o um vírus contagioso e infundindo esses Pokémon com uma energia maior. Basicamente, esses Pokémon permaneceriam sendo armas biológicas Imperium enquanto utilizariam essa força adicional para infectar os selvagens de Pokégea inteira. Era um plano ambicioso.

Dando prosseguimento ao sucesso dessa operação, eles precisavam de uma forma de anular quaisquer possíveis opositores. Eles sabiam que os civis, líderes de ginásio e outros treinadores importantes de Pokégea também tinham acesso a esse tipo de poder e, mesmo que de forma ingênua, poderiam ser uma pedra no sapato e interferir nos seus objetivos. Pensaram em tudo.

Apesar de todo o conhecimento, as energias que envolvem a transformação dos Pokémon são misteriosas e nunca foram exploradas da forma tão imprudente que aquele time tinha ousado fazer. O mundo Pokémon é envolto por situações incompreensíveis que, por vezes, passam por cima das máquinas e das contas e acabam se bandeando para o invisível e para o campo das lendas. Desde sempre.

Como bons cientistas, eles começaram a reagir os cristais Tera com outros fenômenos utilizando um objeto que simulava o mesmo treinador ou dois treinadores diferentes transformando seus Pokémon ao mesmo tempo: a mega evolução de Kalos, os movimentos Z de Alola, os fragmentos de cristalização da própria Pokégea e a energia Dynamax de Galar, para analisar se uma poderia anular a outra. Em confrontos únicos, as assinaturas se desconcentravam, mas ainda permaneciam capazes de fazerem o seu trabalho.

Colocando uma Key Stone com um Z-Ring contra o Terastal ao mesmo tempo, por exemplo, os indicadores mostravam uma drástica instabilidade, porém ela ia gradativamente minguando, principalmente com mais de um treinador do lado ativando o mesmo fenômeno. Ou seja, se tiverem dois ou três treinadores com Megas, é como se isso fosse imperceptível.

O problema mesmo era o teste final: em forma de estrela, colocaram os cinco ativadores de transformação para reagirem entre si. Rapidamente, as forças saíram de controle e começaram não só a sobrecarregar o reator, mas a desafiar a própria realidade.

— Vai explodir! — Gritou Colress, tentando de tudo para desativá-lo, mas sem sucesso. As luzes começaram a piscar, um tremor e um breve apagão elétrico era sentido por todo o globo e um pulso invisível implacavelmente quebrava toda as janelas e queimava todos os aparelhos eletrônicos presentes num raio de 50km. Felizmente, apenas o laboratório tinha sofrido aquelas sérias consequências. Não só isso: essa instabilidade havia afetado tudo o que era relacionado a esses itens, como se tivessem entrado em estado de hibernação.

Colress, Faba, Mable, Aliana, Bryony e Celosia suspiraram aliviados, porque tinham sobrevivido, mas logo caíam em si: todo o seu trabalho havia sido perdido. Eles não sabiam, mas tinham conseguido mexer com a realidade e, mais cedo ou mais tarde, as consequências chegariam não só para eles, mas para todo o mundo.

Em um continente chamado Kenshin Sakai, conflitos ancestrais perduravam por séculos, mergulhando a terra em uma paz instável. Recentemente, uma onda de idealistas começou a propagar sua filosofia entre os treinadores Pokémon, criando facções dentro das próprias nações.

O equilíbrio estava nas mãos do Avatar, uma entidade escolhida pelas energias divinas para manter a paz e evitar uma guerra generalizada. No entanto, após a morte do último Avatar, o próximo não foi encontrado. Isso deu origem à ressurgência da Lótus Vermelha, um grupo radical que infectou as mentes dos civis com seu ultranacionalismo e ideais tradicionalistas, rejeitando a crença no Avatar e desejando assumir o controle de Kenshin Sakai.

Usando táticas de treinamento Pokémon e o apoio de patrocinadores de regiões que eles mesmos rejeitavam, a Lótus Vermelha gradualmente ascendeu ao poder, espalhando o caos à medida que sabotava as comunicações e "libertava" pequenas cidades do controle dos governantes. Quem estava no continente agora não podia mais escapar, enquanto os que não fugiram a tempo ficaram presos em meio ao caos.

Todos os governos declararam guerra à Lótus Vermelha, enquanto aqueles que ainda acreditavam no Avatar se uniram para combater essa ameaça em conjunto com as lideranças. Enquanto isso, em Pokégea, uma região outrora pacífica, a ameaça elementalista havia sido expurgada, forçando os seguidores dessa facção a se retirarem para cuidar de sua própria guerra civil ou fugirem do conflito ao permanecer no continente, desligando-se de suas nações.

Os líderes e treinadores Pokémon de Pokégea observavam com preocupação a escalada do conflito em Kenshin Sakai, sabendo que a instabilidade poderia afetar todo o mundo Pokémon. Decidiram enviar recursos, Pokémon e até mesmo treinadores experientes para ajudar seus colegas de Kenshin Sakai a enfrentar a ameaça da Lótus Vermelha, porém esses reforços jamais puderam chegar ao seu destino. Todos eles foram atacados ainda longe da costa.

Agora, a ameaça da Lótus Vermelha pairava sobre Kenshin Sakai, enquanto os seguidores do Avatar e aqueles que desejavam a restauração da paz lutavam desesperadamente para conter o avanço do caos. A batalha pelo destino de Kenshin Sakai estava prestes a atingir seu auge, com desafios inimagináveis aguardando aqueles que ousassem enfrentar a Lótus Vermelha. Enquanto isso, em Pokégea, os treinadores e líderes Pokémon se preparavam para resolver o seu próprio conflito interno, com a escalada de influência e os ataques da Equipe Imperium ameaçando sua região.